quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Navalha Cortante

Vem, não devagar
como a noite no fim do dia,
lua apagando o brilho do sol.
Vem, com força feito
cobra rastejando pelo mato,
gata gritando no cio,
tigre no pulo da presa.

Navalha cortante
cravada em minhas costas.

Vem, sem medo,
sem fantasia,
sem mentiras
Que eu espero pronta.
Feito um rio de lavas
Feito um índio em guerra
Feito um titã

Navalha cortante
Cravada em tuas costas.



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