domingo, 30 de janeiro de 2011

Corpo lugar da alegria

 Houve um tempo em que a alegria era pura mania.
As palavras usadas eram efetivamente vividas na loucura do dia-a dia.
E do encontro como parte da vida.


Essa mania. Um Bom delírio.
Delírio do poeta,
Delírio do contemplador,
Delírio do pintor que descobre a cor.
Era só o que existia
Alegria,
Cor
Magia

Como uma bailarina que gira, gira, gira.
E dança na ausência do pensar.
Ausência do saber-se finita.
Dança , dança, dança
A dança da vida
Alegria.
Cor
Magia

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Loucura- katia mota


Hoje quero me desgrugar da sombra.
Que nada me siga;
Arrancar da alma a sina maldita,
de amar sem medida.
A loucura desdenha de mim.
Ah alma maldita!
Que pacto fez com o absurdo?
Cala-te!
Não me chame!
O que?
Não te ouço.
Tenho medo!
Eu tenho medo.
Me tira daqui que não sei voltar.
Do verde não sei o que é o azul.
Me botou cativa.
Estocolmo.
Vai devagarinho.
Que tenho que aprender a andar sozinha...
Não ria enquanto escoro pelas paredes.
Recolhe os cacos do chão.
Descansa seu peso na rede.
E espere que eu durma.
Não faz barulho.
Me embala em sussuros.
Vela meu sono.
Que dia eu acordo gente grande.


Poema postado pelo queridíssimo  Evandro Gastaldo no  "escritoslinguagemnocorpo", mas o "Escritos" , é uma Oficina de Literatura on-line com direcionamento específico. Carinhosamente excluí de lá, e  aí está :o)

domingo, 16 de janeiro de 2011

Fim do dia

 
Na hora da prece
No fim do dia
Ave-Maria

O caminho
O passante
A dor.

O homem.
Um errante?
  Um  pecador?

Na hora da prece
No fim do dia
Ave-Maria

O semelhante,
meu irmão,
Apenas um sofredor.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Pólis

 
 
 
Era uma só vontade
E poucas palavras
 Homens livres
Um sistema justo
Uma vida digna
Um querer
Cumplicidade
Cidade
Quereres


sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

E nada dito

Já era tarde
Corpo no corpo
Boca entreaberta
Insólito prazer
Que vale a palavra presa
Confusos gestos
E nada dito
O tempo
O desalinho
Respiração do mundo
Amor
Desamor