sábado, 9 de março de 2013

É teu dia sempre, mulher




O fio que te enlaça os dedos quando, na presa, queres prender os cabelos. É o mesmo que envolve tua cintura? Que aperta teus seios? Que amarra teus pés? Que prende tua forma? Esse fio que te aperta, que tira teu ar, que te impede de livre caminhar. É o presente ganho?

Palavras sussurradas, ditas em teus ouvidos. Olhares amarrados, enviessados, sorrisos adiados. Contrariedades que congelam teu pescoço.  Por fim são teus dias mal vividos. Tuas concessões. Feitas aqui e ali.  E são tuas amarras, mulher. Liberta-te antes que o dia termine e o tempo passe.



Nenhum comentário:

Postar um comentário