No papel quem me dera palavras.
Chamo Pessoa ele não me escuta.
Quero versos.
Quero também ser do tamanho da minha aldeia.
Quero falar dos sentimentos das pedras.
São só pedras.
Poetas, poetas.
As palavras sufocam.
As idéias morrem.
E o papel ficará em branco.
Branco como a morte.
Lispector empresta-me borboletas.
Quero também voar,
Voar no mundo das palavras
Mas não sou poeta.
Sou um severino,
um sertanejo.
Para mim tudo é
terra,
gente,
fome.
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